Relato & Fotos: Primeira Remada de Casais do ESK
Relato: Tiane Bossle
Fotos: Tiane Bossle, Leonardo Esch, Maria Helena Gravina e Gustavo Mariot
São poucas as mulheres que remam e muitas esposas e namoradas de remadores se chateiam quando são “trocadas” pelo caiaque. Então, pensando em juntar uma remada com a participação destas parceiras e um agradável dia de confraternização, surgiu a Remada de Casais, cuja ideia inicial era apenas um dia de remada bem light com um almoço/pic-nic, onde cada casal levaria um lanche para compor a “grande mesa” do pic-nic entre todos os participantes. A ideia foi aceita e alterada para um acampamento nas famosas figueiras da lagoa do Quadros.
O encontro e começo da remada foi no Recanto, em Maquiné. O tempo estava bem feio, chegou a chover um pouco pela manhã, mas bem devagarinho, os casais Stella e Guilherme Piccoli, Márcia e Gustavo Mariot, Maria Helena e Trieste, e Tiane e Leonardo Esch, foram arrumando caiaques e tralhas. Na hora da saída o tempo estava sem chuva, mas muito fechado e com vento sul. Remamos costeando a lagoa bem próximo aos juncos para ficarmos mais abrigados do vento, que levava embora as pesadas nuvens de chuva, dando lugar a uma tarde e uma remada ensolaradas. Os 7 km de remada do Recanto até as figueiras foram de muita descontração e tranquilidade. Stella remou num caiaque Inuit/Eclipse, Guilherme Piccoli num Markopolo/Weir, Márcia e Gustavo no duplo Orca/Eclipse, Maria Helena e Trieste no duplo Marajó/Ygará, Tiane num Markopolo/Weir e Leonardo Esch no Cupim de madeira feito por ele.
A maioria dos participantes não conhecia o já tradicional local de acampamento e ficaram impressionados com a beleza do local. Apesar do dia e local estarem perfeitos, no momento da chegada só se pensava no pic-nic, pois a hora do almoço já tinha passado há um bom tempo e estavam todos famintos e curiosos para saber o que cada um havia preparado para o lanche, que foi um banquete! Teve caponata de berinjela, pasta de ricota com pimenta, torradinhas, esfihas, queijos, brownie de chocolate, bolo de aipim, cuca integral, docinhos, enfim, um exagero de comida! E estava tudo muito bom! Teve até formiga roubando a comida! Ficamos um bom tempo conversando, sentados ao redor da toalha xadrez de pic-nic onde estavam todas estas delícias, enquanto Stella, incansavelmente, passava café fresquinho para todos.
Lá pelas tantas, os casais começaram a montar suas barracas, o chimarrão começou a passar de mão em mão e tínhamos um final de tarde espetacular! Neste horário, os mosquitos também apareceram e começaram os pedidos pela fogueira, que foi acessa imediatamente. Com a fogueira crepitando, os primeiros espetos de carne foram dispostos para assar e as garrafas de vinho foram abertas. Também teve pão com alho e Maria Helena preparou um delicioso espeto vegetariano com queijo picante. Concluímos que gostamos tanto de comer, quanto de remar. A confraternização estava tão alegre, que uma aranha caranguejeira quis participar, aparecendo do nada, no meio da roda de amigos. Mas sua participação foi dispensada por ter vindo só, sem parceiro.
O domingo amanheceu tão lindo quanto foi o pôr-do-sol no dia anterior, o sol nasceu no céu lindíssimo e foi subindo e aquecendo a mesa do café, que estava com quase tudo o que teve no pic-nic, com um diferencial: agora tínhamos um tapioqueiro! Gustavo preparou deliciosas tapiocas ao gosto de cada um, enquanto Stella passava café para todos novamente. O desjejum estava tão bom e agradável, que nem percebemos que a lagoa antes espelhada agora ganhava carneirinhos.
Saímos das figueiras com um quadro totalmente diferente da chegada. O vento era nordeste e fez os carneirinhos crescerem e se transformarem em touros brabos a serem domados pelos casais. E domamos todos eles! Chegamos todos sãos e salvos na foz do rio Maquiné.
Foi um final de semana muito agradável, com momentos de muita descontração, com uma remada tranquila e outra desafiadora. Tivemos remadores experientes e remadores novatos, todos remando com um mesmo objetivo: fazer o que gosta com quem se gosta.
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